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Georgia Lobo,
artista brasileira


"Desde 2011, a arte ocupa um espaço predominante na minha vida: de reflexão, sonho, criação, entrega e transformação. Um tema recorrente que passou a imperar na realidade das minhas pinturas é o do afro descendente. Desde o início, esses personagens coloridos, de força e mistério, apareciam não apenas nas telas, mas na minha vida, no cotidiano, no meu olhar, em busca dessa verdade tão próxima.

Está na minha árvore genealógica, nas minhas angústias, nas agruras de família, na solidão e na invisibilidade que a cor impõe e expõe. Um tema gerador de desconforto se descortina e reaparece na tela de forma transformadora fazendo com o que era motivo de vergonha vire orgulho.

Nessa jornada, redescobri que meu avô materno foi um herói anônimo.

Dr. André Ferreira dos Santos, filho de escravos, 12 irmãos, único na família a aprender a ler e escrever, caminhava mais de 7 km para chegar à escola, trabalhando como pedreiro se formou em Farmácia e depois em Medicina se tornando o médico mais famoso de Piracicaba no início do século passado. Como a sociedade recebia a ascensão de uma família preta numa cidade do interior de São Paulo em 1900?

Eu adoraria ter tido a oportunidade de conhecer esses personagens que brotam das minhas telas quando criança e ter referenciais positivos opostos aos que são introjetados pelo nosso sistema sutilmente no dia a dia.

Com os genes que herdei desse homem incrível, com as experiências que vivi e presenciei, desejo dar um destaque merecedor, ajudar a sociedade a se libertar desses preconceitos tão restritivos e tratar com respeito e admiração, dignificando essa cultura, essas raízes, a minha história que é também a de tantos outros.

Que nas minhas telas, eles (meus pretos) apresentem seu ambiente idílico, de luz , igualdade e dignidade".

Rio de Janeiro, 1965


Nascida e criada no Rio de Janeiro, Georgia formou-se em Desenho Industrial.

 

Cursou pintura à óleo de 2007 a 2010 com a artista Suzanna Schlemm e tirou o segundo lugar no concurso Novos Talentos da Cesgranrio em 2013.


Sua primeira exposição individual aconteceu no Centro Cultural Correios do Rio de Janeiro – O Negro no Rio e ficou em cartaz de 23 de janeiro a  17 de março de 2019. A mesma série também teve exposição individual no Espaço Cultural Correios Niterói, de 26 de outubro ao dia 07 de dezembro de 2019.  

 

Ainda em 2019, participou da Bienal Black Brazil Art, Eixo Florianópolis, que ocorreu do dia 05 de novembro de 2019 ao dia 07 de fevereiro de 2020. 

Em 2021, participou da Exposição Coletiva no Quadrado de Trancoso com o tema “Orixás “ e da 3ª Mostra de Arte “Cultura Afro-Brasileira” realizada de 22 de novembro a 16 de dezembro no município de Taubaté - SP.

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